As videoaulas e os desafios para a produção de material didático: pensando a docência na educação online
DOI:
https://doi.org/10.31417/educitec.v4i08.447Palavras-chave:
Educação a distância, Vídeos educativos, Produção de material didáticoResumo
Temos vivenciado um contexto social em que as formas de comunicação migraram para outros espaços e tempos, engendrados e potencializados pelo ciberespaço. Atualmente podemos viver novas experiências comunicativas, em qualquer lugar e em qualquer tempo, e que são mediadas pelos usos de modernos e complexos recursos audiovisuais. Este novo cenário tem gerado relevantes mudanças nas práticas de educação a distância. As videoaulas, por exemplo, têm se destacado desde que suas formas de produção e compartilhamento foram afetadas pelo potencial das redes digitais na cibercultura. Acreditamos que esta nova realidade demanda mudanças nas práticas pedagógicas e a criação de dispositivos que possibilitem ações educacionais interativas rumo a uma aprendizagem significativa. Diante do exposto, apresentamos o questionamento que dá sentido ao estudo narrado neste artigo: como as estratégias de ensino e aprendizagem e as perspectivas de interação subjacentes ao material didático, em especial as videoaulas, do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Virtual favorecem a formação dos aprendentes? Em busca de respostas para esta pergunta, praticamos o método da pesquisa exploratória, em que observações no campo, entrevista semiestruturada e aplicação de questionário foram os instrumentos de produção de dados que nos ajudaram na construção de ponderações sobre o uso de videoaulas na educação online. A partir da reflexão dos docentes sobre o processo de produção do material didático do curso, em especial as videoaulas, emergiram as seguintes categorias e subcategorias de análise: situações de aprendizagem, domínio das linguagens, abordagem teórica e prática, estímulo à autonomia e incentivo às interações. Como achado da pesquisa, afirmamos que a produção de videoaulas não deve ser vista como atividade-fim da educação online, mas como um novo caminho rumo a práticas ciberculturais de construção dos conhecimentos.
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