Distantes, mas não invisíveis

avaliação remota de rios e córregos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31417/educitec.v6.1474

Palavras-chave:

Ensino de Ciências, Ensino Superior, Abordagem Tecnológica, Educação Ambiental

Resumo

Atualmente, o meio ambiente, em especial os rios e córregos, tem passado por diversos processos de degradação. Uma das formas de avaliar esses impactos nos corpos hídricos é a aplicação de Protocolo de Avaliação Rápida (PAR). O PAR consiste na utilização de parâmetros ambientais, usualmente analisados in loco e pontuados de acordo com o estado de conservação do rio. Contudo, durante este período de afastamento social imposto pela COVID-19, a avaliação presencial não é recomendada. Assim, o presente artigo tem como objetivo instrumentalizar docentes de diferentes níveis de ensino, e demais público interessado, para avaliação de rios e córregos em tempos de pandemia e pós-pandemia e sensibilizar a comunidade escolar da importância dos corpos hídricos. A partir da literatura de referência, o protocolo presencial foi adaptado para uma atividade remota (PAR-Virtual). A ferramenta Google Earth foi escolhida como Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC), utilizando o Street View para captura de imagens. Como resultado, o presente trabalho apresenta uma proposta metodológica para avaliação de rios e córregos de forma virtual. O PAR-Virtual consiste em: apresentação aos discentes; Seleção de imagens no Google Earth; Aplicação do protocolo; Discussão dos resultados e Formulação de um plano de ação. A atividade proposta integra uma série de conhecimentos no âmbito das Ciências e da Educação Ambiental para ser aplicada nos diferentes níveis do ensino. Tal processo de avaliação, desenvolvido de forma participativa e dialógica, promove o protagonismo do aluno e estimula a proposição de medidas transformadoras da realidade local.

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Biografia do Autor

Luiz Eduardo Macedo de Lacerda, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Possui Licenciatura (2007) e Bacharelado (2010) em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), mestrado em Ecologia e Evolução (2011). Concluiu o doutorado (2015) no Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução (PPGEE). Durante o doutoramento realizou trabalhos de campo em diferentes Biomas Brasileiros, visando estabelecer as relações filogenéticas do grupo de estudo, os Ancylinae. Tem experiência na área de Zoologia, com ênfase em Malacologia, atuando principalmente com os moluscos límnicos nos seguintes temas: variação morfológica, taxonomia, sistemática, distribuição geográfica e biologia molecular. Atua como professor na Rede Estadual de Ensino em todos os níveis (fundamental, médio e superior) desenvolvendo projetos de ensino, pesquisa e extensão. No Ensino Fundamental e Médio na Secretaria Estadual de Educação (SEEDUC/RJ) desde 2011 e no Ensino Superior, desde 2015, nas disciplinas TCC 1 (Metodologia Científica), TCC2 (avaliação e auxílio na conclusão de monografias) e Projeto Final (avaliação de projetos e monografias de Licenciatura) do Curso de Ciências Biológicas à Distância do Instituto de Biologia da UERJ. Atualmente é bolsista PAPD ligado a docência junto ao departamento de Zoologia do IBRAG/UERJ.

Isabela Cristina Brito Gonçalves, Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro

Licenciada e Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Especialista em Malacologia de Vetores pelo Instituto Oswaldo Cruz. Mestre e Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Atua como professora do Ensino Fundamental II da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro.

Caroline Porto de Oliveira, Fundação de Apoio à Escola Técnica Estadual Juscelino Kubitschek

Experiência na elaboração, acompanhamento de projetos e coordenação de equipe na área de gestão, educação e sensibilização ambiental. Experiência em mobilização social e diálogo entre os setores público, privado e sociedade civil na busca de consensos para a construção de políticas públicas, especialmente na área de resíduos sólidos (coleta seletiva e logística reversa) e sustentabilidade. Experiência na condução de aulas, palestras, cursos e oficinas na área de meio ambiente, com ênfase em educação ambiental e resíduos sólidos. Experiência em gestão ambiental no espaço escolar, com desenvolvimento de agenda 21, diagnóstico socioambiental da comunidade, gerenciamento de resíduos sólidos, uso racional da água e energia, conforto ambiental dentre outros. Experiência em pesquisa social com realização de entrevistas qualitativas.

Igor Christo Miyahira, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Biólogo do Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), realiza atividades relacionadas ao ensino, pesquisa e extensão, além da administração universitária. Fez doutorado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) no Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução, estudando os bivalves de água doce, especialmente os pertencentes a Hyriidae. Visitou importantes coleções científicas no Brasil e no exterior durante o desenvolvimento deste trabalho, além de realizar expedições de coleta em diversas áreas do Brasil. Tem experiência na área de Zoologia, com ênfase em Malacologia, principalmente nos temas relacionados aos moluscos de água doce.Colabora com aulas teóricas e/ou práticas nas disciplinas de Graduação e Pós-Graduação da UNIRIO. Atualmente também é secretário da Sociedade Brasileira de Malacologia.

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Publicado

18-12-2020

Como Citar

LACERDA, L. E. M. de .; GONÇALVES, I. C. B.; OLIVEIRA, C. P. de .; MIYAHIRA, I. C. Distantes, mas não invisíveis: avaliação remota de rios e córregos. Educitec - Revista de Estudos e Pesquisas sobre Ensino Tecnológico, Manaus, Brasil, v. 6, p. e147420, 2020. DOI: 10.31417/educitec.v6.1474. Disponível em: https://sistemascmc.ifam.edu.br/educitec/index.php/educitec/article/view/1474. Acesso em: 6 out. 2024.
Received 2020-10-12
Accepted 2020-12-14
Published 2020-12-18