Uso da simulação realística de alta fidelidade no ensino em fisioterapia
um ensaio clínico randomizado
DOI:
https://doi.org/10.31417/educitec.v8.1740Palavras-chave:
Processo de Ensino e Aprendizagem, Fisioterapia, Robótica PedagógicaResumo
A simulação realística de alta fidelidade (SRAF) desempenha um papel importante na educação das profissões na área da saúde. Na Fisioterapia essas atividades têm sido acrescidas nos currículos de Fisioterapia nos Estados Unidos e na Europa, todavia, seu uso no Brasil ainda é incipiente. O objetivo foi comparar a efetividade da simulação realística de alta fidelidade ao modelo tradicional no ensino de Fisioterapia. Tratou-se de ensaio clínico randomizado envolvendo grupo experimental que recebeu uma aula de duas horas com o emprego da simulação realística de alta fidelidade com um paciente adulto de terapia intensiva versus grupo controle que recebeu aula expositiva-dialogada no modelo tradicional. Os desfechos avaliados foram o desempenho acadêmico e a satisfação dos acadêmicos avaliados por pré-teste e pós-teste. Foram investigados 66 indivíduos pela elegibilidade e todos foram aleatoriamente alocados em grupo intervenção GI (n=33) e grupo controle GC (n=28). Cinco indivíduos desistiram da intervenção controle. Alto grau de satisfação foi encontrado após o uso da SRAF com pontuação média de 19,6±0,9 (98%). Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas intra ou entre os grupos para o desfecho de desempenho acadêmico p?0,05. A SRAF foi bem recebida pelos alunos gerando um alto grau de satisfação pelo seu emprego e não houve diferenças estatisticamente significativas quando comparada às metodologias de ensino para o desfecho de desempenho acadêmico.
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