A infoexclusão escancarada pela COVID-19 e as atitudes professorais na perspectiva da sociologia das ausências e emergências
DOI:
https://doi.org/10.31417/educitec.v6.1550Palavras-chave:
Infoexclusão, TICs na Educação, Sociologia das ausências, Sociologia das EmergênciasResumo
A infoexclusão nunca foi tão amarescente quanto durante a pandemia da COVID-19, que forçou isolamento social e interrupção temporária das aulas presencias. Diante disso, estudantes de todo o mundo tiveram que recorrer às Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) para ter um meio seguro de ensino e aprendizagem. Todavia, 17% dos estudantes brasileiros não têm acesso à internet, o que os sentencia a uma das formas de inexistência social. Além de uma revisão de literatura sobre as TICs aplicadas à educação, este artigo aborda a realidade escancarada pela infoexclusão durante a pandemia e as medidas que professores tomaram para solucionar os problemas de quem vive às margens das infovias. A empiria é composta por entrevistas semiestruturadas com professores de escolas públicas do Distrito Federal e coleta de dados de campanhas em redes sociais, à luz da análise de conteúdo temático categorial, como método. A ancoragem teórica é forjada na sociologia das ausências e das emergências.
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Accepted 2020-12-16
Published 2020-12-18