Por trás de fotografias e imagens: reflexões sobre o uso de tecnologias à luz das implicações do currículo oculto
DOI:
https://doi.org/10.31417/educitec.v4i08.521Palavras-chave:
Ensino de matemática, Tecnologia educacional, Software educativo, Visualização, Matemática aplicada, Currículo implícitoResumo
Por diversos fatores, durante seu percurso escolar muitos alunos perdem seu senso crítico e seu poder de questionamento, caindo no conformismo e aceitação de tudo que lhes é apresentado. Não seria diferente em relação aos conteúdos desenvolvidos nas aulas de matemática. Os educandos nem sempre são mobilizados a questionar a presença e o papel da matemática na sua vida, passando a vê-la simplesmente como um conjunto de regras e técnicas para operar. Diante desta problemática, no âmbito de um subprojeto de Matemática do PIBID, foi proposta uma intervenção baseada no uso de aplicativos desenvolvidos a partir do software Wolfram Mathematica, que possibilita a conversão e tratamento de imagens em matrizes e vice-versa. A sequência didática, elaborada para esse fim, buscava incentivar os alunos a perceberem que a matemática pode estar presente em atividades diárias como, por exemplo, o simples ato de fotografar objetos ou pessoas pelo celular, além de possibilitar a visualização dinâmica dos conceitos envolvidos nessa prática. Com base no referencial sobre implicações do currículo oculto (ou implícito) para o desenvolvimento humano dos educandos, neste artigo, a partir de episódios ocorridos durante a intervenção, são analisadas as potencialidades das atividades desenvolvidas. De antemão, pode-se afirmar que há indícios de que além de facilitar a visualização da relação existente entre imagens e matrizes, a intervenção possibilitou mudanças no currículo oculto transmitido aos alunos, contribuindo para o desenvolvimento do senso crítico, da autonomia e da capacidade de socialização.
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Accepted 2018-10-25
Published 2018-11-14